Didaticamente, a pele tem 3 camadas, damais superficial à mais profunda, respectivamente: EPIDERME, DERME E HIPODERME. Cada camada tem células e tecido extracelular. No tecido extracelular, estão substâncias que garantem sustentação, elasticidade, tônus e adesão às células, como colágenos, elastina, fibrina e muitos outros.
Estrias são depressões lineares que surgem em áreas de estiramento da derme, por quebra nos tecidos de sustentação e redução de fibras elásticas, com atrofia da epiderme. São muito comuns e assim, queixas muito frequentes no consultório de dermatologia, por serem condições inestéticas. As causas são controversas, mas fatores como genética, tendência ao ganho de peso (principalmente o popular “efeito sanfona”), gestação, estirões de crescimento e mesmo algumas doenças e medicações, estão implicadas no surgimento destas lesões. Quando novas, são chamadas de estrias rubras, pela atividade inflamatória e vascular existente, o que já não mais ocorre nas estrias mais antigas, chamadas de Alba. Neste fato importante está a explicação do porquê as rubras apresentam melhor resposta terapêutica em relação às albas. Assim, o foco do tratamento está, segundo a literatura médica, em aumentar a produção de fibras elásticas e promover a neocolagênese (nova produção de colágenos), com remodelação da matriz extra-celular dérmica, e aumentar a espessura da epiderme acometida.
Além da terapêutica cosmética tópica, de uso diário e em consultório, são necessários procedimentos para aumentar o potencial de melhora da lesão. Assim dispomos de técnicas já consagradas como uso do V-BEAM, um dye-laser pulsado; Laser CO2 fracionado ablativo, este melhorando a derme e a epiderme; e novas tecnologias como o uso do Microagulhamento associado à radiofrequência, num só aparelho. Uma avaliação médica prévia é fundamental para avaliar o grau do acometimento e qual procedimento melhor indicado para cada tipo de pele.